O passeio para Carambeí finalmente saiu e a nossa meta é conhecer o Parque Histórico de Carambeí. Depois de várias semanas com tempo ruim no domingo, uma semana com sol anunciava um final de semana ótimo para uma viagem de moto. A única coisa que sabíamos, a respeito de Carambeí, era sobre a comemoração do centenário da imigração holandesa (1911 – 2011). E que a sede da famosa cooperativa Batavo é na cidade!
Saímos de Curitiba lá pelas dez da manhã, afinal Carambeí fica à 135 quilômetros de Curitiba e a viagem é bem rápida, por pista dupla até a entrada da cidade. Quando era meio-dia estávamos chegando lá. A intenção era almoçar por lá, afinal a estrutura do Parque Histórico parecia ser grande o suficiente para ter um restaurante no local. Mas não havia!
No local tem um café, Lis Koffie Huis, mas só abre após às 14:00, o que descobrimos ao entrar no parque. A cidade é muito pequena, restaurantes só os de estrada, nos postos de combustível. Decidimos visitar o Parque Histórico de Carambeí e fazer um lanche quando o café abrisse, mais tarde.
Além de nós (a Patrícia e eu), havia mais um grupo de motociclistas (Yamaha, Kawazaki, Honda e BMW) e uns três carros, quase vazio. A entrada para o Parque Histórico do Carambeí é paga, e a taxa de visitação custa R$10,00 por pessoa, com direito a visitar o parque histórico e o museu da memória.
O local é lindo! Muito bem cuidado e limpo, com a grama bem aparada e flores por toda a volta. Este parque histórico ocupa um espaço bem grande e algumas atrações ainda serão construídas. Nesta visita ficamos apenas com a parte histórica ou seja, a Vila Histórica e a Casa da Memória e o museu do Trator. Existe ainda o Parque de Exposições, mas só funciona quando há exposições na região. O Parque das Águas e o Centro Cultural Amsterdam serão construídos brevemente.
A partir do amplo estacionamento do Parque Histórico de Carambeí você atravessa uma ponte sobre um canal. A alegoria é justamente para lembrar a Holanda e seus inúmeros canais. E a ponte veio da Holanda, uma bela construção com uma porção que é levadiça. Logo após, onde se compra o ingresso, há uma loja de souvenir, com lembranças em louça de moinhos de vento, tamancos (de klomp) e postais.
Agora começa o passeio! E são tantas as casas para visitar: Museu das Borboletas, coleção de borboletas coletadas ao longa da vida de Adolpho Los; a estação de trem Carambeí; a Igreja Evangélica Reformada, em madeira; o museu do leite; o matadouro; a marcenaria e ferraria; a escola; a casa de imigração; museu da presença holandesa no Brasil. No total são 12 construções/monumentos, a maior parte uma réplica da construção decorada com itens da época dos pioneiros.
O mais interessante é ver que muita coisa ali mostrada faz parte das lembranças que tenho da casa dos meus avós: lampiões, maquinários e ferramentas, raspadores de terra dos calçados, a conservação dos alimentos com banha de porco e tantas outras. É uma bela viagem na história recente do nosso país e na dureza da vida naqueles tempos de colonização.
Após a caminhada pelo parque fomos ao Lis Koffie Huis para tentar enganar a fome, que era grande! O local é muito bonito, com uma atmosfera bem aconchegante em suas amplas mesas. No cardápio uma boa variedade de tortas, cafés e alguns salgados. Apesar do belo local, o atendimento deixa a desejar. Não sabemos se, devido ao horário, praticamente abrimos o café, mais havia outros casais já instalados e ninguém aparecia para tirar o pedido ou informar como proceder. Enfim, desejamos ter, apenas, escolhido um dia ruim e esperamos voltar e encontrar um serviço digno do belo local que é o Parque Histórico de Carambeí.
Um pouco de história
A colonização na região iniciou-se em 1911 com a construção da estrada de ferro pela Brazil Railway Company onde alguns holandeses já trabalhavam. Aos colonos a companhia vendia um lote de terra, uma casa, uma canga de bois e seis vacas leiteiras, sementes e adubo, que seriam pagos com parte da produção, em dez anos. Em 1925, os pioneiros criaram uma cooperativa entre sete sócios e a união de quatro pequenas fábricas de laticínios. A produção diária era de 700 litros de leite. Os produtos seguiam para Curitiba, Castro, Ponta Grossa e São Paulo.
Anos mais tarde foi criada a marca Batavo, marca pela qual a cooperativa é conhecida até hoje, mesmo após a venda da parte de laticínios para a Brasil Foods. Hoje a marca da sociedade cooperativa é Batavia S.A. e uma nova unidade de processamento de leite foi recém inaugurada: a Frísia. Uma história de união, bravura e a busca por oportunidades. Características dos imigrantes que chegaram ao Brasil fugidos dos mais diversos panoramas europeus, como as grandes guerras, por exemplo.
Hoje a região produz, além do leite e seus derivados, trigo, milho e soja. A região também foi pioneira no plantio direto, que a semeadura diretamente na palha da colheita anterior.
Outra curiosidade é o nome da cidade que significa rio das tartarugas (Carambey), explicando a profusão de tartarugas que se vê nos jardins da cidade. Além de Carambeí, Castro e Arapoti são as duas outras cidades com forte presença holandesa no Paraná.
Visita ao parque Histórico Carambeí | ||
Curitiba, PR | Carambeí, PR | |
140 | 1:35 | Sol, 25 |
87,6 | 126 | Mapa |
Parabéns pelo passeio Renato.
Estes lugares são incríveis! As fotos ficaram show
Obs. Desculpa não ter entrado em contato qdo passei por Curitiba, o próposito era chegar no mesmo dia em Campos do Jordão. Fica para próxima!
Abs
Obrigado, Jean. vocês devem incluir na lista de lugares a conhecer.
[…] Leia na íntegra. […]
Hi guys,
These pictures are amazing. What a beautiful place. What camera are you using?
P.S. Updates to theme were done and no more html errors on the theme. enjoy.
Hi, Chris. Thank you to comment in our blog.
So, the Patrícia’s camera is a Nikon D 5000 with a 18-105 mm zoom. We both love to take pictures and this camera help us a lot.
We took many pictures in this place, but only put a few in the gallery. The park is very beautiful.
Thanks for the blog fix. This theme is amazing!
[…] pela parte onde foi montada a exposição permanente das casas e costumes dos pioneiros holandeses, passeio nosso de um ano atrás. Só ali percebi que o pavilhão de exposições fica em outro imóvel, acessível por uma estrada […]