Dia 04 de janeiro/2015

Continuamos pela BR-158 em direção ao sul, em nossa viagem ao Uruguai. O calor já começava a dar as caras, mas viajar nesta época do ano significa suar em bicas. Nas paradas para abastecimento, descer da moto tornou-se um desfio, tanta eram as dores. Depois de abastecido, subir na moto era outro sacrifício. Uma vez encaixado as coisas ficavam mais fáceis. Logo chegamos ao Rio Uruguai, que divide os dois estados em entramos em solo gaúcho. Tal como em outras divisas, a sucessão de tendas vendendo cuias, garrafas térmicas, facas e outras coisas típicas é um show a parte.

Seguimos até a Panambi, onde pegamos a rodovia BR-285, que leva em direção ao oeste. Aqui nesta rodovia encontra-se muitos turistas argentinos indo e vindo das praias brasileiras. Outro ponto interessante na rodovia é o museu da Associação Cultural Museu Militar Brasileiro, que não foi possível visitar nesta oportunidade. Nesta região, após o almoço, o calor estava de torrar. Parávamos em  postos só para refrescar e tomar água.

Logo chegamos a entrada da cidade das Missões, com seu magnífico portal e a certeza que logo iríamos descansar! A estrada que leva à cidade alterna trechos bem conservados com trechos em estado de ruínas, talvez para combinar com a cidade. Cuidado ao pilotar por ali.

Chegando na cidade e, com a ajuda do GPS, já seguimos em direção à Pousada das Missões, que fica ao lado das ruínas. A primeira vista das ruínas é inesquecível. Deixamos as bagagens no quarto, tomamos um banho para refrescar e já fomos visitar as ruínas.

E que local bonito. A história brota por todos os cantos e é interessante pensar que entre os séculos 17 e 18 houvesse tanta organização e tecnologia para construir a estrutura urbana onde habitavam os índios e os jesuítas. Vale a visita, mas antes procure ler sobre a história da Missões na América do Sul.

Como estava cansado e com dores, resolvemos não assistir à apresentação, que dizer ser muito bonita. Fica para outra oportunidade.

A pousada em que ficamos, Pousadas das Missões, fica em um lugar muito bonito e amplo, próxima das ruínas e conta com estacionamento, restaurante e piscina. Achamos que pelo preço cobrado ela poderia oferecer mais conforto. O restaurante não apresentava muitas opções e o cardápio indicado pela pousada não tinha nenhuma coincidência com o do restaurante. Não chegamos a aproveitar a piscina, pois a água estava muito gelada, além de turva.

No dia seguinte, logo após um bom café da manhã, partimos em direção a Uruguaiana, divisa do Brasil com a Argentina. Não sei antes passar na farmácia e comprar um relaxante muscular mais poderoso, segundo a indicação de um colega motociclista médico. A farmacêutica recomendou não tomar o remédio e pilotar, o que acabei obedecendo. Vai que dá um sono danado?

O primeiro dia da viagem ao Uruguai pode ser visto aqui.